Pentecostes: essa história é a nossa história
- Terca-Feira, 10 Junho 2025
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Iniciamos esse texto parafraseando Robert Menzies, pois reconhecemos que o Pentecostes não é apenas um evento distante, mas uma realidade viva que continua a moldar a identidade e a missão da Igreja hoje.Originalmente, no contexto judaico, o Pentecostes – conhecido como Shavuot – celebrava a festa das colheitas (Êx 23:16) e, mais tarde, passou a recordar a entrega da Lei a Moisés no Sinai (Êx 19–20). Era uma festa de gratidão e aliança.Para os cristãos, o Pentecostes ganhou novo significado com a descida do Espírito Santo sobre os discípulos reunidos em Jerusalém, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus. Conforme Atos 2,1–4, “todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem”. Esse acontecimento marcou o nascimento da Igreja e o início de sua missão evangelizadora ao mundo (At 1:8).Ser pentecostal, portanto, é mais do que pertencer a uma tradição denominacional. É viver a fé à luz dessa experiência transformadora:Receber o poder do Espírito Santo, como promessa cumprida por Jesus: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas...” (At 1:8).Ser usado por Deus nos dons espirituais, conforme a distribuição do Espírito: “A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum” (1Cor 12:7).Evangelizar para ganhar pessoas para Cristo, com ousadia e convicção, como fizeram Pedro e os demais apóstolos: “Pedro, pondo-se de pé com os onze, levantou a voz” (At 2:14), e naquele dia cerca de três mil pessoas foram batizadas (At 2:41).Pentecostes é, assim, uma convocação permanente para que a Igreja continue sendo cheia do Espírito, viva na Palavra e comprometida com a missão. Ediudson Fontes (@ediudsonfontes) é Pastor auxiliar da Assembleia de Deus – Ministério Cidade Santa no RJ. Teólogo. Pós-graduação em Ciência da Religião. Cursando Mestrado em Teologia Sistemática Pastoral na PUC-RJ. Professor de Teologia, autor das obras: “Panorama da Teologia Arminiana”, “Reforma Protestante e Pentecostalismo – A Conexão dos Cinco Solas e a Teologia Pentecostal” e “A Soteriologia na relação entre Arminianismo e Pentecostalismo”, todos publicados pela Editora Reflexão. Casado com Caroline Fontes e pai de Calebe Fontes.* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.Leia o artigo anterior: Concílio de Niceia e a fé pentecostal